segunda-feira, 31 de março de 2014

La Mort!

O tema do mês é "Morte", o primeiro que me deixou sem ideia ou criatividade para escrever, pois não sei em qual aspecto focar exatamente.

Há um ditado que diz: "A única certeza que temos na vida, é a morte". 
Sim, todos vamos morrer um dia, amanhã, daqui a dois, quatro ou cinquenta anos. Quem realmente sabe?

Entretanto, não acredito que isso seja particularmente um ato do destino ou restritamente uma vontade de Deus. De fato, acredito que utilizamos nossas vidas da mesma forma que conduzimos um carro na estrada; podemos acelerar, correr a mais de 120 km por hora, atropelar tudo a nossa frente e considerar isso a coisa mais empolgante que existe no mundo. Como também podemos andar a 60 km por hora e desviar dos obstáculos com sabedoria e tempo de sobra para refletir sobre o último acontecimento.

Analisei a última semana da minha vida e percebi que ando conduzindo meu carro a mais de 160 km por hora, passando por cima de todos os buracos, lombadas, virando sem a miníma prudência todas as curvas e adentrando cada túnel como se fosse a garganta do cérbero na porta do inferno de Hades. Tão inconsequente, tão doente, tão absurda!

Pensamentos, energias, sentimentos me levam a viver a vida de uma forma rápida e insignificante. Isso vem me matando aos poucos e veja! Aqui está o tema dos "Escritores Fail!". 

A morte tem muitos significados e meios de encontrar as pessoas, mas estou convencida de que ela quase não se dá ao trabalho de buscar àqueles que realmente devem partir, na verdade, ela apenas espera a recebe as almas incompletas e apressadas que não sabem apreciar o doce sabor da vida. Às vezes me pergunto se ela se sente sozinha e inútil por não poder exercer a profissão que lhe foi concedida. Na verdade, qual será o tamanho da tristeza e decepção de Deus ao ver seus filhos brincando de Need For Speed com a própria vida?

"Óh, céus! Me salve!!!", foi o último pensamento de um suicida, que num átimo de lucidez lembrou que existia freio mas, infelizmente, o carro já não estava mais sob seu controle. Ele não podia fazer nada além de pedir misericórdia no último suspiro. "Deus, por favor, por favor, me ajude!", é o pensamento daquele que está tentando controlar o carro que, por pouco, não bateu no último poste que passou a 10 km atrás. "Senhor! Me guie com sabedoria por essa estrada que ainda tenho que seguir. Amém.", são as palavras daquele que conduz a vida com amor e sabedoria.

Preciso de algo que me obrigue a pisar no freio e andar numa velocidade baixa, que me permita ser lúcida e prudente. A fé ainda é o melhor meio de acalmar o coração inquieto, no entanto, é difícil controlar um carro desgovernado sem a mínima noção de quantas pessoas e lugares irá estragar no próximo segundo. 

O objetivo agora é aceitar a morte como uma amiga, e dizer: "Fique tranquila, estarei com você no momento exato que Deus determinou na sua caderneta. Não precisa me esperar antes do tempo, na minha hora lhe darei a mão e adentrarei o reino dos mortos com você de bom grado.

E que assim seja.

Que os pensamentos de agora em diante sejam positivos e que o freio funcione a tempo de evitar decepcionar tais divindades por pura inconsequência humana. Amém.





domingo, 30 de março de 2014

Um sábado.

Estávamos andando pelo campus da USP conversando sobre os últimos acontecimento de nossas vidas, ao adentrar no prédio de letras, surgiu o seguinte diálogo:

Su: E eu nessa loucura.
Flá: [...] De dizer que não te quero.
Su: Vou levando as aparências.
Flá: Disfarçando as evidências.
Su: Mas pra que viver fingindo.
Flá: Se eu não posso enganar meu coração.
Su: Eu sei que te amo.
Flá: Chega de mentiras.
Su: De negar o meu desejo.
Flá: Eu te quero mais que tudo.
Su: Eu preciso do teu beijo.
Flá: Eu entrego a minha vida.
Su: Pra você fazer o que quiser de mim.
Flá e Su: Só quero ouvir você dizer que sim!

risos.

Su: Acho melhor irmos para a aula, até mais tarde.

Mais tarde naquele mesmo dia, fomos à Kalunga.

Flá: Olha esse caderno que bonito! Pena que não tenho nada para escrever nele.
Su: Flá, olha esses lápis. Eu preciso deles? Não, não preciso. Mas eu quero e vou comprar!
Flá: É, olha esse caderno. Eu não preciso, mas eu quero e vou comprar. Hashtag somos dessas!
Su: Sim! Pobres e consumistas! 

À noite, arrumando meu material de italiano enquanto a Melissa estava sentada na minha cama me contando sobre sua vida, eu pergunto:

Su: Quer ouvir o novo CD da Shakira?
Mel: Claro que não.
Su: Mas você vai ouvir essa música. 
Mel: Obrigada por perguntar se eu queria ouvir Shakira e principalmente por respeitar minha vontade de não ouvir...
Su: Você está na minha casa e vai ouvir o que eu quiser. Hã!
Mel: Hã, quem você pensa que é. Hã!
Su: Hã!
Mel: Eu falo Hã por último! Hã!
Su: Não, Hã!
Mel: Infinitamente Hã!
Su: Hã e ponto final!

Então a pizza chegou e fomos pegar o produto:

Su: Liu, você vai nos deixar sozinhas aqui fora?
Mel: Não estamos sozinhas. Tem um casal feliz e saltitante descendo a rua.
Su: Eles não estão felizes e saltitantes.

Então o casal se agarra, o cara pega a mulher no colo e começa a beijá-la.

Su: Ok, eles estão felizes e saltitantes.

Resumo de um sábado qualquer.

terça-feira, 18 de março de 2014

Confessions

Se a questão é confessar, nunca aprendi a cozinhar direito e não entendo as regras do poker, prefiro o futebol.

Não durmo antes da meia noite e tenho a mania de ficar me revirando na cama pensando sobre tudo o que aconteceu durante o dia. Um dos efeitos colaterais de ser letrista, é começar a analisar qualquer tipo de discurso que passa por debaixo do seu nariz, mesmo que esse discurso não tenha nenhum sentido especial. 

Creio que já fui injusta algumas vezes e quase nunca percebo uma irônia.

Nunca uso relógio de pulso, raramente uso salto alto e não conheço o nome de nenhuma marca de roupa ou celebridade do momento.

A verdade é que não chego atrasada em lugar algum, sou apressada e sempre saio com antecedência para não decepcionar àquele (a) que por mim espera. Também prefiro ficar em casa com alguém que me faça bem do que sair para um lugar abarrotado de pessoas que não se importam de verdade umas com as outras.

Comigo nada é fácil, mas você não sabe disso, uma vez que ainda não me conhece bem.
 
Se é preciso continuar confessando, não me interesso por metade das coisas que as mulheres se interessam e acabo dificultando as coisas para mim mesma quando deveria apenas deixar fluir.

Acredito que choro uma vez por semana e devoro um pacote de 500g de M&Ms como se estivesse tomando um simples copo d'água.

E para ser mais franca, não acredito ter nada de especial, mesmo porque me olho todos os dias no espelho e não vejo nada de diferente ou que valha a pena (e não estou pedindo 'confetes', estou sendo sincera).

Sei que o céu já está cansado de ouvir minhas preces, a cada dia que passa parece que tenho mais dúvidas e pedidos do que o dia anterior. Não consigo encontrar outra maneira de aliviar meu peito, porque seguir com essa esperança é inevitável.

Às vezes gostaria que tudo fosse mais fácil, o que aconteceu há algum tempo não deveria interferir no amanhã. No entanto, estou tentando ser paciente e vou persistir naquilo que acredito.

Uma vez me ensinaram que quando vamos falar sobre dois, é necessário começar falando de si mesmo.









quarta-feira, 5 de março de 2014

I wonder...

Heart: I wonder what he thinks whenever I walk by.

Brain: Are you brave enough to love?

Heart: I don't know why I am the way I am.

Brain: Life is so much easier when you just chill out.

Heart: Every atom of me missed him.

Brain: Follow your dreams. If you can dream it, you can do it!

Heart: Just for today, I will trust that I am on the right path, even when I am overwhelmed.

Brain: Believe you can and you're halfway there.

[...]

Heart: I closed my mouth and spoke to him in a hundred silente ways.

Brain: Just smile, darling.

Heart: I will make better mistakes tomorrow.

Brain: You're a victim of your mind.

Heart: I know. But maybe I deserve all of this.

Brain: It's like I always say: "Follow your heart, but take your brain with you."

Heart: And it's like I always say: "No brain. No pain." 



*silence*