Um dia normal começa com 17 graus, o Sol nasce por volta das 06:10hs e por volta das 08:30hs já são 32 graus. Nublado, quente ou absurdamente quente, ele está lá todos os dias; e o dia se encerra na casa dos 16 graus. Ter saúde é luxo!
Essa mistura de temperatura causa um efeito magnífico no céu, todos os dias ando com o celular na mão esperando apenas encontrar o local certo para captar, de modo medíocre, cada imagem dessa esplêndida obra divina. Normalmente, fotografo o pôr do Sol, pois todas as cores que desfilaram pelo céu durante o dia juntam-se ao Sol para despedir-se e dar lugar ao luar.
No entanto, hoje não foi o pôr do Sol que chamou a minha atenção. Era 20:14hs e o céu estava azul marinho, não tão escuro a ponto de confundi-lo com o negro e nem tão claro a ponto de dizer que era um tom de azul escuro. Nuvens cinzas deslizavam rapidamente pelo céu, hora deixando o céu livre para aquela bola prateada, hora escondendo-a por breves minutos, como se estivesse brincando de se esconder como uma mãe faz ao ocultar por segundos o rosto atrás das mãos e reaparece com aquele sorriso que arranca gargalhadas do bebê à sua frente.
Fiquei observando esse ciclo por alguns minutos e isso me fez rir; ultimamente ando olhando demais para o chão e acabo esquecendo de contemplar o céu que me acolhe. Esse esconde-esconde da Lua fez com que eu me sentisse como um bebê que acabou de acordar e quer brincar freneticamente com a mãe, e ela com todo o amor possível se propõe a perder horas comigo.
Benvindo, Sol! Benvinda, Lua!
Os recebo de braços abertos e os levo em pensamento todos os dias; devo a vocês a força que me sustenta e com isso irei atravessar mais um ano.
