quinta-feira, 29 de maio de 2014

Mais uma vez.

Toca o sino e alguém grita lá longe.

Com o coração ardendo, a respiração ofegante e os músculos do corpo moles de tanto apanhar, me retiro para o canto do ringue para ouvir aquilo que já sei: ganhei a luta por desistência do oponente.

Encosto a cabeça nas cordas e fechos os olhos, pensando: "Por que você desistiu? Estávamos quase lá!"; abro os olhos e encaro a nuca do meu rival que já saiu do ringue e caminha lentamente para a saída. Não tenho forças para gritar e pedir para que fique, estou exausta.

Todos os dias eu ia à luta esperando que o oponente me derrubasse logo para que eu me desse por vencida e, assim, ele pudesse levar o troféu para casa. Foi uma longa batalha, se considerarmos todos os fatos. Tentei ser positiva, acreditar no melhor, mas "as coisas não são como nós queremos que sejam", nunca são.

Um dia vi no relógio da universidade a seguinte frase: "Se tá fácil, tá errado!", mas e se estiver impossível, também está errado. Além da exaustão, me sinto triste, quase vazia. Não sei para que lado devo ir, por isso, permaneço dentro do córner, esperando. O quê exatamente eu não sei, mas espero.

Meus pensamentos ainda estão confusos, realmente não sei o que fazer, pensar, falar, só sinto saudade e tristeza. Não  vou desistir de encontrar esse sentimento novamente, mas, por hora, vou apenas absorver mais essa derrota e seguir em frente.

A propósito, eu sempre soube que torcia por você.