Sexta-Feira, 03 de Agosto de 2012
Em uma tarde nublada com a cidade em seu
habitual caos, ela corria rua acima com pressa de chegar a algum lugar. Esperou que o farol fechasse para atravessar a avenida repleta de veículos, correndo, passou por lojas e pessoas que talvez conhecesse, mas não queria perder tempo. Tinha que chegar lá.
Entre encontros e desencontros, ela se viu parada dentro de
um casarão antigo e abandonado, feito de mármore bege e paredes de pedra
robusta. Havia diversas janelas transparentes com os vidros embaçados pelo acumulo
de pó caprichosamente conservado pelo passar dos anos. Parou em frente à vidraçaria e observou por alguns minutos a aparência da rua, dando-se conta de que não estava mais em seu território, não sabia nem se era o mesmo país ou o mesmo século.
A rua era de pedra, o clima era nebuloso mas não era assustador. De certa forma, era aconchegante. E, apesar de estar em um lugar nunca antes visto, ela sentia certa tranquilidade, afinal, estava sozinha e não havia nada que pudesse lhe ameaçar.
Saiu para explorar o casarão, viu quartos vazios e de aparência antiga, um corredor estreito e uma sala sem móveis, apenas uma vidraçaria que tomava a parede do lado esquerdo por completo, e, paradas no meio deste aposento, se encontravam as duas pessoas que ela mais temia perder. Havia medo e desespero em seus olhos, e, de alguma forma, o desespero deles a contagiou e juntos procuraram uma maneira de sair daquele lugar. Passou correndo pelo corredor e viu algo que a assustou mais do que tudo até então, um homem passava a centímetros da janela do quarto, o maior que já havia visto na vida.
Ele vestia um sobretudo preto e uma cartola, como os homens de antigamente, e uma simples bengala para sustentar-lhe ao andar. Nem sequer virou a cabeça para vislumbrar a janela pela qual passava, mas algo dizia a ela que este homem sabia de sua presença ali.
A rua era de pedra, o clima era nebuloso mas não era assustador. De certa forma, era aconchegante. E, apesar de estar em um lugar nunca antes visto, ela sentia certa tranquilidade, afinal, estava sozinha e não havia nada que pudesse lhe ameaçar.
Saiu para explorar o casarão, viu quartos vazios e de aparência antiga, um corredor estreito e uma sala sem móveis, apenas uma vidraçaria que tomava a parede do lado esquerdo por completo, e, paradas no meio deste aposento, se encontravam as duas pessoas que ela mais temia perder. Havia medo e desespero em seus olhos, e, de alguma forma, o desespero deles a contagiou e juntos procuraram uma maneira de sair daquele lugar. Passou correndo pelo corredor e viu algo que a assustou mais do que tudo até então, um homem passava a centímetros da janela do quarto, o maior que já havia visto na vida.
Ele vestia um sobretudo preto e uma cartola, como os homens de antigamente, e uma simples bengala para sustentar-lhe ao andar. Nem sequer virou a cabeça para vislumbrar a janela pela qual passava, mas algo dizia a ela que este homem sabia de sua presença ali.
Encolhida em um canto, esperou até que ele se
afastasse e correu de encontro aos outros dois. Viram que no meio da
sala de estar havia um alçapão de ferro preto, todo trabalhado que cobria metade do chão do cômodo, no entanto, ao puxá-lo, nada
havia além de outra placa de ferro.
Desesperada, entendeu que não havia escapatória; daquele lugar eles não
sairiam. A não ser que a sua mente resolvesse parar de brincar.
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