sábado, 24 de novembro de 2012

Trabalho de Conclusão...


Passei um ano desenvolvendo este Trabalho de Graduação Interdisciplinar, seis meses apenas pensando. Creio que mudei o tema mais de quatro vezes.

A verdade é que eu só me empenhei a fazer esse trabalho faltando um mês para a entrega, nada melhor do que trabalhar sob pressão. Apenas o desespero me fazia ler os livros teóricos em vez de ficar lendo Game of Thrones.

No entanto, nada foi mais desesperador do que descobrir que a data da entrega não era dia 26 de novembro e sim dia 21 de novembro. Parece que não, mas cinco dias fazem a diferença em um trabalho.

Quatro noites sem dormir, diversas garrafas de coca-cola, inúmeras mensagem de desespero para as amigas e, finalmente, um trabalho concluído e enviado para a orientadora.

E a sensação de vazio chegou. Não é como todos dizem: "Quando você terminar, vai se sentir mais leve, livre!". Mentira, isso é momentâneo. A única coisa que senti foi um vazio no peito, pois esse trabalho não é apenas o último passo para o diploma, ele é o fim de uma época maravilhosa, uma época que ainda significa ter metade das responsabilidades.

Não sou grande fã de mudanças, principalmente quando se trata de deixar um ambiente ao qual estou acostumada viver, para um ambiente em que eu não tenho noção de como sobreviver.

Agora eu tenho que me jogar na vida, procurar um emprego, me sustentar, começar a pensar em crescer financeiramente pois meus pais não irão mais me sustentar, afinal, já sou uma adulta. Será? Não que estes objetivos sejam um desejo genuíno, mas é o que a sociedade espera de alguém que acabou de se formar.

Então, como desenvolvi longamente no meu TGI, o "herói aceita o chamado da jornada". Sortudo é aquele que retorna com o triunfo, a "medalha" que irá provar ao mundo que ele é capaz de ser um herói.

Mas, e se eu fracassar? E se eu não conseguir ser o que todos esperam? Será que conseguirei surpreender a todos?

Não adianta argumentar: "Mas você não tem que pensar nos outros, você tem que pensar em você.". Outra mentira. Se a sua volta existem pessoas que o querem bem e acreditam em você, no mínimo você deve se esforçar para agradá-los.

Entretanto, ainda me resta uma defesa de tese e o mês de dezembro antes de embarcar nessa jornada. Sorte? Sei lá.



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