quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Sinceridade?

Queria postar algo sobre o que tenho vivido nos últimos dias, essa nova sensação, cada momento e pessoa que entra em minha vida sem ao menos pedir licença.

Mas acabei descobrindo que sou muito supersticiosa e, por isso, ficarei quietinha.

Benvindo 2015!







segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Over and over and over again [...]

Again, here I am speaking about you.

Actually, I can't spend a single day without thinking of you. When you will come back?

You know, the last time when I was wondering when you would show up, you came so fast and so strong that now I fear you; for the first time I don't know if I want you back. 'Cause, I really don't know what will happen this time, if it will be for a long time or like the last time, so quickly and confusing, you know?

Yesterday I was lying in my bed and I started to thinking if here, on the other side of the world, you will be gentle and differente, 'cause in Brazil you act like a jerck and now I realize that I don't like your "brazilian style".
But, yes. I miss you.

I'm overthinking about you, I want you but at the same time and don't want you. Yes, it is ridiculous, but how can I deal with you if you scares me so much?

Please! Please! Please!

If you plan to come back, please...! Make sure that you will be nice with me, seriously.

[...]


Regards.





quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Primeira semana.

Finalmente, pisei em solo australiano!

Sydney é basicamente uma São Paulo repleta de flores e árvores, prédios pequenos, pessoas educadas, mergulhadas em um milhão de diferentes culturas. De fato, a Austrália é um Brasil que deu certo.

Logo que cheguei, fui recebida por uma grande amiga, que me levou para resolver os pepinos que a troca de países resulta, depois fomos fazer compras para que eu não morresse de fome e voltei para a casa na qual estou agora. Divido ela com mais sete pessoas, seis homens e uma mulher, três poloneses, um tcheco, dois brasileiros e uma eslovaquiana. Isso aqui é demais!!! A primeira noite foi regada à um inglês terrível, no qual eu só conseguia me apresentar, o nervosismo tomou conta de mim.

No dia seguinte consegui falar melhor e fui elogiada pelo pessoal que disseram que meu inglês era ótimo.Confesso que ainda não conheci muitos pontos turísticos, apenas a Darling Harbour. É engraçado, porque eu sempre assisti a um programa chamado "O Mundo Segundo os Brasileiros", quando assisti o capítulo sobre Sydney eu vi uma menina mostrando Darling Harbour e pensei "um dia eu sentarei nesses degraus e ficarei vendo o pôr-do-sol", a mente tem um poder incrível! No entanto, caso alguém venha me visitar, saberei mostrar todos os supermercados da região rs

Quando fico sozinha, ando pelo bairro para memorizar as coisas que tem por perto e acabo sempre indo ao mercado e comprando uma coisa ou outra. Gosto de andar por aqui, porque a sensação de segurança é grande e posso ver o céu, uma caminhada de vinte minutos me leva a um parque muito gostoso, sempre vou lá e fico sentada vendo as pessoas se exercitarem ou apenas caminharem pelo gramado. Acho que estou apaixonada por esta cidade.

Tenho feito muitos amigos, a constante saída e chegada de novas pessoas possibilitam esse conhecimento e é tão gostoso ter contato com culturas diferentes (e um pouco assustador também) que eu desde que cheguei só penso em renovar meu visto por tempo indeterminado.

Anyway, a melhor coisa que fiz este ano, com absoluta certeza, foi ter saído do Brasil e me afastado de pessoas que, na verdade, nunca acrescentaram nada em minha vida. Se eu tivesse a leve noção de que ao mudar para outro país eu conheceria pessoas completamente diferentes das que eu estava acostumada a viver, eu teria mudado há anos! O choque cultural é bizarro, mas é o que eu mais amo.

Cheers!




"Deus é bom sempre! Sempre Deus é bom!"

Quando algo que você quer muito não sai da forma que você gostaria, nenhum conselho lhe trará conforto, pois a decepção gera raiva e rancor. Há poucos dias isso aconteceu comigo, meu voo foi adiado por conta de um imprevisto e eu fiquei desesperada e irritada, queria matar cada uma das vinte pessoas que repetiram (de maneiras diferentes) a frase "Se não deu certo agora, é porque Deus sabe a hora certa para você viajar". Só não voei no pescoço de ninguém porque fui madura o suficiente para me trancar no quarto como uma criança rabugenta e dormir até que o ódio passasse.

Vou explicar o porquê esse atraso me irritou. Nunca viajei para fora do Brasil, mas de uma hora para outra eu decidi ser atrevida e mudar para a Austrália, o voo entre os dois países possui diversas escalas e um total de vinte e cinco horas de voo. No dia inicialmente determinado para eu viajar tinha inúmeras vantagens: passagem comprada, horário ótimo, e pessoas que eu conheci pela internet que iriam comigo, ou seja, se desse alguma merda, sozinha eu não estaria. Você, que está lendo, já sabe que não aproveitei nada disso! Paguei para adiar a passagem e soube imediatamente que viria sozinha.

Pois bem, raivas à parte, vim determinada a embarcar logo para o outro lado do mundo, cheguei cedo ao aeroporto e tive a sorte de ser atendida por uma moça simpática, que me colocou na poltrona da janela nos próximos dois voos (inicialmente eu estava nas poltronas do corredor). Ao entrar no avião (e-nor-me!) não senti medo ou frio na barriga, e eu estava esperando por isso! Mas não senti nada. O passageiro ao meu lado era normal, um homem com rosto cansado mas tranquilo sentou e me cumprimentou; não me pergunte como, mas em dez minutos estávamos entretidos em uma conversa sobre religião e fé, assim continuamos por quase duas horas, quando ele pediu licença para cochilar (ele foi educado o suficiente para aguentar a minha tagarelice por horas). Eu me acomodei (de forma muito bizarra na poltrona minúscula) e assisti "O Diabo Veste Prada" pela milésima vez, quando o filme terminou, notei que o avião inteiro estava às escuras enquanto todos ao meu redor dormiam. As instruções dadas pela aeromoça eram basicamente "Acomodem-se, fechem as persianas e durmam", mas eu não estava com um pingo de sono! Desliguei a TV e abri a persiana de novo et voi là! Um céu forrado de estrelas, como aquela tirinha em que o Calvin e o Haroldo contemplam o céu e filosofam sobre o sentido da vida. Olhei para as turbinas do avião ao lado da minha janela e tentei identificar o que era aquela coisa branca embaixo de nós; sim, pode rir, mas era muito difícil não confundir as nuvens com as espumas do mar, simplesmente não sabia diferenciar céu, terra e mar, só contemplei e rezei, agradeci e sorri. Minha vida é boa, é perfeita e eu não tenho motivos para me trancar no quarto escuro e permitir que o ódio corroa meu coração. Tentei dormir, mas não adiantou nada, então coloquei e assisti um pedaço de "Harry Potter e a Pedra Filosofal", acabei dormindo o que pensei ter sido dez minutos, até ouvir a voz do comandante dando bom dia, pedindo para que abríssemos as persianas para ver o nascer do sol. Foi IN-CRÍ-VEL!

Tomei café da manhã e voltei a conversar com o rapaz do meu lado, mas dessa vez, eu estava pedindo dicas de como me virar no aeroporto, o que fazer, para onde seguir. Comentei que algumas pessoas que haviam embarcado no meu voo inicial haviam dito que no aeroporto de Johannesburg havia um lugar no qual você poderia comer, beber, dormir e tomar banho por três horas, com o pequeno preço de trinta e cinco dólares, e ele, perdoe-me, não o apresentei, Paulo, precisava correr para pegar o segundo voo, mas disse que eu poderia ir com ele até o lounge VIP que ele me colocava como acompanhante sem precisar pagar nada, e com um plus, sem hora limitada para ficar. Pode não ser por este motivo específico que Deus atrasou o meu voo, mas com certeza isso foi bem melhor do que eu esperava, pois eu ficaria mais de dezessete horas sozinha, em um banco qualquer, esperando a hora de finalmente ir para a Austrália.

Volto a repetir a frase que aprendi há apenas três dias: "Deus é bom sempre! Sempre Deus é bom!", e de fato, você está onde Deus quer que você esteja neste momento, o motivo não é claro, mas uma hora você vai entender.

Neste exato momento, segundo o horário do meu computador, no Brasil são 05h44 a.m. e aqui na África do Sul, são 10h44 a.m. Ficarei aqui até às 20h45 quando embarco para o meu segundo destino, Perth, na Austrália. Tentarei aproveitar este espaço VIP e agradecer mais um pouco a Deus por ter colocado este anjo no meu caminho e, principalmente, por Ele ser meu pai e nunca me deixar na mão. Ele é misericordioso, é bom demais, e ama demais. Espero retribuir na mesma medida, ou pelo menos, de maneira satisfatória para Ele.

See u soon =*







P.s.: Escrevi esse texto no aeroporto e esqueci de postar, reli e vi que está confuso, mas era assim que eu me sentia naquele momento, então acho digno manter dessa maneira.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

So, let's try... Once again!

Esses dias de "descanso" me deram muito tempo para pensar, não que eu não tivesse tempo para isso nas intermináveis horas monitorando os candidatos enquanto eles faziam prova nos últimos três meses, mas é diferente quando estamos sozinhos em um quarto parecendo um bebê que acabou de descobri que tem mãos e, vejam só, cinco dedos em cada mão! Sozinhos descobrimos muito sobre nós mesmos, é também o momento em que percebemos que somos seres defeituosos e sozinhos.

Eu entendi que tenho vivido muito rápido coisas que eu deveria ter vivido há anos atrás, mas devido ao tiro que um dia atravessou meu destino, não pude vivê-los. Comecemos pelos meus últimos relacionamentos. 

O primeiro durou quase dois anos, mas em nenhum momento eu o amei realmente, no final, descobri que eu entrei nessa para poder mudar meu status no facebook e poder reclamar com as meninas na cantina da faculdade sobre como ele fazia coisas que me irritavam, se elas podiam me dar uma dica de como super e tudo mais. Na real, eu fiquei dois anos da minha vida com uma pessoa por medo de dizer "Basta!" e ter que recomeçar tudo de novo com outra pessoa. Isso não soa meio familiar?

O segundo foi bem intenso, durou pouquinho, veio com força me tirando o chão e me deixando maluca em apenas segundos. Mas foi embora da mesma maneira que veio. Não sei se cheguei a ter o mesmo efeito na vida dele, ou se deixei algum rastro e talvez eu nunca saiba se consegui chegar perto de seu coração. Agradeço por tudo, realmente, as coisas não são como queremos e talvez exista um bom motivo para isso. Se você ler o meu blog, saiba que você foi o estopim para o que está prestes a acontecer na minha vida, acho que tudo o que aconteceu conosco me deu forças para pular de cabeça nessa e descobrir o que há de novo lá fora, o que o destino reserva para mim. Afinal, não conhecemos ninguém por acaso, o destino sempre interfere, não é? 

Mudemos de tópico, vamos para trabalho (o que é quase um relacionamento, mas com muuuuito mais gente envolvida...!).


O primeiro durou um ano e quatro meses, foi duro, terrível em alguns momentos, lidar com pessoas é relativamente fácil quando comparamos a ter que lidar com o ego delas! Viram literalmente monstros. Só que percebi, em meio a essa selva, pessoas muito boas e que realmente querem o nosso bem, mesmo quando você é como eu, que não consegue guardar as coisas para si e adora colocar tudo em debate. Aprendi que é neste exato momento que você descobre quem realmente vale a pena manter ao seu lado.


O segundo durou tão pouco quanto o segundo relacionamento, mas foi tranquilo, benéfico e inspirador. Doeu muito dizer adeus e confesso ter saído daquele prédio com uma imensa vontade de dar meio volta, sentar no sofazinho da recepção e espernear caso alguém quisesse me tirar de lá. Tive a sorte de conhecer pessoas maravilhosas que me ensinaram coisas que eu nem imaginava que poderia aprender naquele ambiente. Descobri também que nunca sabemos a história das pessoas, mesmo que elas pareçam tenentes de um exército no Iraque, vale muito à pena pagar um café para ela e bater um papo. Como podemos nos surpreender...

Percebe? As coisas começam de um jeito, de repente, pisco os olhos e tudo mudou, está mais intenso, melhor até e, de novo, tudo acabou e preciso começar rápido e ... só me resta o vazio da lembrança. Tenho a sensação de estar no mar e ser "engolida" por uma onda forte, daquelas que empurram para baixo e eu demoro três segundos para descobrir para que lado nadar e conseguir respirar. Quando finalmente consigo preencher meus pulmões com ar puro, vem outra onda e me arrasta de novo para baixo, me fazendo rodopiar no meio do nada apenas para me confundir e me obrigar a tomar decisões rápidas, coisa de vida ou morte, um segundo de dúvida pode me manter lá embaixo para sempre.

Então eu disse à alguém sobre tudo isso e perguntei: "Você vê esse precipício pelo qual passamos todos os dias e fingimos não notar? Você também escuta o eco das vozes quando apaga a luz antes de dormir? Não te arrepia pensar que talvez eles estejam certos? [...] Sabe, acho que um dia eu vou pular lá embaixo para descobrir". E esse alguém simplesmente me empurrou precipício abaixo.





Cá estou, ouvindo "Medicine" sem chorar (acreditem!) e pensando em quanto tempo falta até esse último loopin acabar. Me sinto perdida, porque simplesmente não sei se devo me sentir arrasada por estar desistindo de absolutamente TUDO o que construi aqui ou se devo me sentir orgulhosa por estar dando um passo grande, aceitando todos os ensinamentos que me fizeram amadurecer de uma maneira que eu não esperava até ter, no mínimo, trinta anos.

Lembro que a minha adorada Magistra me disse logo após a apresentação de TCC que sentia muito orgulho de mim, que eu era uma heroína, mas ah, quem me dera saber o que ela acha dessa minha loucura! Será que eu estaria apta a dividir o mesmo campo de batalha que Ulisses?

Outro mestre que sempre me deixou de queixo caído certo dia disse que a literatura ensinava os truques da vida, e hoje eu discordo. Acho que ela não ensina nada, só mostra as armadilhas, temos que descobrir como passar por elas sozinhos, à nossa maneira. E definitivamente não dá para superar rapidamente um amor fracassado, mesmo porque não caí outro cinco minutos depois de uma árvore, como costuma acontecer nos romances (e isso é um saco, acho que nesse ponto a vida podia literalmente copiar a arte).


Um dos meus escritores favoritos disse: "There are far better things ahead than any we leave behind" - C.S. Lewis


E meu amado Joseph Campbell completa: "You must give up the life you planned in order to have the life that is waiting for you".

Dito isso, eu oficialmente desisto.


Não quero mais entender nada, não vou deixar de sonhar, mas desisto de tentar conquistar aquilo que não é para mim, pelo menos, não hoje, não agora. Ah, sim, eu sei que um dia realizarei todos os meus devaneios e descobrirei os porquês que me assombram toda santa noite, sei que àqueles que desejam algo de coração, sem a intenção de prejudicar ninguém, sempre conseguem. Os sonhadores não tem muito espaço nesse mundo, mas vai dar tudo certo.

Às vezes penso que essa sensação de impotência, de não saber exatamente o que sentir e como agir, é a mesma sensação que uma borboleta tem antes de finalmente sair do casulo e voar livremente por aí.

Ou estou apenas delirando? Como saber...?



segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sentidos

Eis que confesso ser um tanto quanto vaidosa no quesito cosméticos. Tento ao máximo não relaxar com esses detalhes, por isso sempre acabo escolhendo um creme ou um perfume específico para cada ocasião.

De fato, o frio machuca e resseca a pele, principalmente a de uma pessoa que como eu adora tomar banho com a água fervendo; isso exige o dobro de creme para que o prazer da água quente não me transforme numa velha enrugada antes do tempo. Hoje escolhi um que utilizei raras vezes, o conservei o máximo que pude, pois desejei que cada vez que eu o derramasse sobre minha pele as consequências fossem incríveis e inesquecíveis, que realmente valessem à pena.


Em questão de um segundo, o aroma que exalava enquanto o creme caia do potinho até minha pele, me veio à cabeça lembranças de dias muito felizes, o som de uma voz grave me chamando ao longe, o cômodo fechado e seguro no qual eu me encontrava todas as vezes em que eu passava este mesmo produto, aposto que se eu fechasse os olhos conseguiria descrever detalhes e mais detalhes de cada dia em que essa essência me acompanhou. Na verdade, eu apenas lembraria e reviveria tais momentos, não me considero capaz de descrever o que esse perfume significa para mim, o que ele realmente me mostra e me faz reviver. São sentimentos extremamente pessoais e que não fariam sentido caso fossem proferidos.

E digo mais, tenho absoluta certeza de que daqui há alguns anos, este cheiro ainda me trará as mesmas emoções e lembranças com a mesma intensidade com as quais foram vividas.


Engraçado como memorizamos coisas tão pequenas mas que podem balançar sua alma caso você se permita relembrar tais momentos com a mesma ferocidade que a saudade esmaga seu peito.


Às vezes viver a vida sem sentido é menos dolorido do que seguir um rumo fixo.